O Alcazar de Caracas
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«A esperança é um instinto que só o raciocínio humano pode matar. Os animais desconhecem o desespero.»
Graham Greene, O Poder e a Glória
AS BANDEIRAS DOS NOSSOS PAIS *****
Etiquetas: Zé Nero
Etiquetas: Zé Nero
O Ministério das Finanças anda atarefado.
Achou que devia fazer uma exposiçãozita.
Adivinhem sobre o quê...
A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) vai realizar uma exposição itinerante subordinada ao tema da Educação Fiscal.
A exposição estará patente no Átrio do Ministério das Finanças, todos os dias úteis, das 8.00 às 20.00 horas, de 1 a 28 de Fevereiro de 2007. Em seguida, irá percorrer o País.
Trata-se de uma campanha de educação cívico-fiscal para jovens e de consciencialização para adultos, com que a DGCI pretende contribuir para reanimar o sentido ético e de responsabilidade da sociedade e explicitar os factores que intervêm no contrato social entre o Estado e o cidadão
- Dizes que nunca lês... Posso emprestar-te um livro?
- Claro que sim. Desde que seja o de cheques.
O italiano voltou a levar uma cabeçada. O vídeo tem relato brasileiro, o que dá ainda mais côr a este circo
Este tipo faz-me lembrar os bons velhos tempos dos épicos duelos Fernando Couto-Mozer ou Paulinho Santos-João Pinto. Ao pé destes, o Materazzi é um menino de coro...
Etiquetas: Aborto
1. O PS atrapalha-se a si próprio. De José Medeiros Ferreira, no Bicho Carpinteiro.
2. Cravinho. De Coutinho Ribeiro, n' O Anónimo.
3. Lendo, vendo, ouvindo. De José Pacheco Pereira, no Abrupto.
4. Tão coisa nenhuma. De João Gonçalves, no Portugal dos Pequeninos.
5. Vencedores e vencidos. De José Gomes André, no Bem Pelo Contrário.
6. A nova China e o pensar velho português. De Miguel Castelo-Branco, no Combustões.
7. Warm snow. De João Caetano Dias, no Blasfémias.
8. Orgulho suburbano. De JRP, no Comboio Azul.
9. Adeus a um homem bom. De Leonardo Ralha, no Papagaio Morto.
Etiquetas: Aborto
...que Portugal seja um Estado de direito.
Lisboa, 30 Jan (Lusa) - A emissora católica Rádio Renascença lamentou hoje ser obrigada a passar o tempo de antena do “sim” no referendo sobre o aborto, por considerar que as rádios privadas deveriam ficar de fora desta imposição legal. “Gostaríamos que esta obrigação [legal] não pesasse sobre as rádios privadas, mas pesa e, numa rádio com a identidade da Renascença, pesa naturalmente muito, até porque a nossa posição sobre o aborto e sobre o direito à vida é bem conhecida”, refere a estação numa nota lida hoje, no dia em que começa a campanha para o referendo de 11 de Fevereiro, antes do noticiário das 8:00.
Após a marcação do referendo sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, os responsáveis da emissora católica declararam - também numa nota lida antes de um noticiário - o apoio da Renascença ao “Não”.
No entanto, ressalvaram que esta posição da emissora não afectaria o pluralismo do serviço noticioso da RR.
Na nota lida hoje, a RR promete cumprir a lei dos tempos de antena e disponibilizar uma hora diária aos movimentos e partidos que participam oficialmente na campanha pelo referendo.
“Durante a campanha temos o dever legal de acolher a propaganda de todos. De quem defende o ´não` e dos defensores do ´sim`”, refere a nota, sublinhando que a RR sempre respeitou e respeitará o pluralismo informativo.
A Igreja Católica, maioritária em Portugal, é frontalmente contra a liberalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG), que vai ser sujeita a referendo nacional a 11 de Fevereiro.
Etiquetas: Música
Afinal,não consegui ir à festa da Atlântico. Que pena, pelas 'postas' do Vítor Cunha e do PPM percebe-se que deve ter sido do melhor. See you soon...
"A todas las mujeres hay que pedírsela, porque la que no te lo da, te lo agradece."
Porfirio Rubirosa
(Com a devida vénia à Minha Rica Casinha)
1. É um novo blogue, com entrada directa para a nossa lista de favoritos: A Rota da Seda, da Margarida Pinto.
2. Também a Geração Rasca entra a partir de hoje, com todo o mérito, nos endereços de blogues que recomendamos.
3. Zona Fantasma, de Luís Rainha e Jorge Mateus: outro novo blogue a seguir com atenção.
O Paulo e o Rodrigo exerceram o seu direito à indignação, insurgindo-se contra os blogues de esquerda que incluem alguma extrema-direita nas suas listas de endereços. Confesso que também fiquei indignado: por esta não esperava, Joana.
Ele é vídeos do Sporting, ele é gráficos pirosos de leões, ele é reacções ofendidas. Está tudo muito verde aqui. Ora vamos lá equilibrar isto.
Mais um pedaço de Portugal vindo do You Tube. Um bom exemplo de como o radicalismo é a pior das doenças.
- Pepetela enganou-me.
- Então porquê?
- Pensava que era ela. Mas afinal é ele.
- Ele como?
- Pepetela é nome de gajo!
- Não acredito. Pepetela só pode ser nome de mulher.
- Garanto-te. Termina em ela, mas só agora soube que é um homem.
- Não fazia ideia... Como é que o nome de um escritor pode ter um erro gramatical tão grande?
«Entre todos os males de que padece o nosso tempo, o maior e mais lamentável é o abuso da dor.»
Padre António Vieira
1. O apelo dinamarquês. De Eduardo Pitta, no Da Literatura.
2. O acessório não é o acessório! De Lutz Bruckelmann, no Quase em Português.
3. Correntes e fantasmas. Do Paulo Pinto Mascarenhas, na Atlântico.
4. Clima de medo. Do Carlos Lima, na Grande Loja do Queijo Limiano.
5. As pessoas têm de saber a verdade. Do Leonardo Ralha, no Papagaio Morto.
6. Faroleiro. De Tiago Barbosa Ribeiro, no Kontratempos.
7. Onde a tradição ainda é o que era. De Carlos Romão, n' A Cidade Surpreendente.
8. Blade Runner. De Miguel Morgado, n' O Cachimbo de Magritte.
9. Kiss Me Stupid. De Francisco Valente, n' O Acossado.
10. Babel. Da Bárbara Baldaia, n' O Insubmisso.
11. Ideias soltas sobre a blogosfera. Da Marta Romão, no Astro que Flameja.
Melhor Filme
Eleição presidencial
"Cooperação estratégica" Belém-São Bento
A eternização do processo Apito Dourado
O MIC de Manuel Alegre
A instituição do Dia do Cão, pelo PSD, na Assembleia da República
Melhor Realizador
Aníbal Cavaco Silva
Fernando Pinto Monteiro
Joe Berardo
José Sócrates
Marcelo Rebelo de Sousa
Melhor Actor Principal
Alberto João Jardim
Diogo Freitas do Amaral
Jorge Nuno Pinto da Costa
Manuel Alegre
Mário Soares
Melhor Actor Secundário
Francisco Louçã
Jerónimo de Sousa
José Ribeiro e Castro
Luís Marques Mendes
Manuel Maria Carrilho
Melhor Actriz Principal
Ana Gomes
Carolina Salgado
Maria José Morgado
Odete Santos
Paula Teixeira da Cruz
Melhor Actriz Secundária
Helena Roseta
Joana Amaral Dias
Maria de Belém Roseira
Maria de Lurdes Rodrigues
Maria José Nogueira Pinto
Melhor Filme Estrangeiro
O caso dos voos da CIA em Portugal
Os cartunes dinamarqueses que chocaram Freitas do Amaral
O braço de ferro entre Portugal e a Austrália a propósito de Timor
O jogging de Sócrates no "calçadão" do Rio de Janeiro
A alergia ao picante do casal Cavaco Silva na Índia
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Escolhas minhas, naturalmente: Hollywood não quer saber disto para nada. Vote quem quiser, quem puder e quem souber.
Etiquetas: Jornalismo
Li a história num blogue de guerra, Blackfive.net, da autoria de um militar americano que assina blackfive. A necessidade de criar um blogue surgiu, segundo conta, após saber da morte em combate de um seu amigo, o major Mathew Schram, mortalmente ferido numa emboscada, no Iraque, quando comandava uma coluna de abastecimentos. A emboscada foi clássica: os insurrectos atacaram o primeiro veículo da coluna de oito camiões e conseguiram imobilizá-lo. O oficial estava no interior da coluna, num Humvee com maior flexibilidade. Agindo com rapidez, Schram ordenou um contra-ataque, para evitar que o último veículo também fosse imobilizado. A acção deu tempo à coluna para sair do local, mas o Humvee atraiu o fogo inimigo e acabou atingido. Schram morreu nesta acção.
O que levou Blackfive a lançar o seu blogue foi o facto de também ter caído na mesma emboscada um veículo onde viajava um jornalista americano, de uma conhecida revista. A lógica da acção dos insurrectos continuava a ser a de se imobilizar o último veículo da coluna. A destruição deste, agora um carro civil, era mais fácil. O jornalista teria morrido, se não fosse a corajosa decisão de Schram de avançar contra os insurrectos no seu Humvee. Blackfive tem a certeza de que o jornalista deve a sua vida ao sacrifício do major, no entanto o nome de Schram não surgiu em nenhuma das reportagens.
Para mim, com as devidas proporções de violência, esta é uma crónica difícil de escrever. Em várias incursões em “território Comanche”, estive em perigo relativo. E não posso deixar de pensar nos acasos que me levaram a essas situações e, ao mesmo tempo, nos riscos que algumas pessoas correram para me protegerem da minha própria estupidez.
Esqueci o nome de um taxista de Bissau, uma bisarma, que me defendeu (literalmente) no funeral de Ansumane Mané, onde uma multidão enraivecida, maioritariamente muçulmana, já nem fazia esforço para conter a sua hostilidade em relação a forasteiros, nomeadamente brancos. Às tantas, eu era o único europeu no local; estava no meio de uma turba imprevisível; arriscara demasiado. E, então, quando me começava a assustar com aquilo (era indescritível) reparei no corpanzil do rapaz, que afastava gente enfurecida da minha volta, largando os braços para os lados, criando um espaço vazio. Ele era mandinga e vi-o a discutir várias vezes, na sua língua, com tipos que me olhavam como quem olha para um frango a depenar...
Já contei aqui a história de outro dos meus anjos da guarda. Infelizmente, não guardei o nome dele em nenhum apontamento. A fronteira do Koweit parecia intransponível. Enfim, passavam colunas infindas de camiões americanos (as guerras, hoje, são ganhas pela logística), mas impedia-se a passagem de civis, excepto por um ponto no deserto, que exigia GPS. Um dia conseguimos, mas sem jipe e, de facto, era suicídio tentar permanecer ali. Eu é que não sabia. Estava numa cidade iraquiana da fronteira, chamada Safwan, e pensei em permanecer no hospital (uma espécie de centro de saúde, que esvaziava à noite) até ver a cara do médico com quem conversava. Mal perguntei se podíamos pernoitar ali, ele empalideceu. Percebi de imediato, pela sua expressão, que isso era uma loucura. Só mais tarde soube que, à noite, reinava o caos mais absoluto na cidade.
A terceira pessoa que me salvou e cujo nome nunca soube foi uma mulher franzina. Decorriam eleições na Guiné e houve um incidente na estrada, com a população muito excitada por não poder votar no bairro ali perto. Estava com o Leonardo Negrão e fomos ver. Mas, de súbito, a população ficou descontrolada e um rufião começou a tentar transformar aquela simples entrevista num desafio (como se eu fosse das autoridades). Num gesto inesperado, o rapaz tirou-me o chapéu da cabeça. Não reagi nem mostrei medo, mas a situação só não degenerou porque uma mulher de aparência frágil tirou o meu chapéu das mãos do rufião e, num gesto lento, puxando-me pelo ombro, fazendo-me inclinar, colocou-o na minha cabeça, como se me coroasse. E, a partir desse momento, tão belo tinha sido o gesto, só houve sorrisos à minha volta...
Etiquetas: Crónicas
1. "O Apelo Dinamarquês", por Eduardo Pitta.
2. "Boas Notícias", por Marta Romão.
3. "As razões de um 'sim' à IVG e resposta a alguns 'nãos'", por Vasco Rato.
4. "O Preço e o Valor", por Fernando Sobral.
5. "A Situação e os Colaboracionistas", por João Gonçalves.
6. "Um Homem Bom", por Luísa Rego.
7. "Avé Pierre! par Pedro Cem", 'postado' por Mendo Castro Henriques.