Pê-esse-dê sem páua póinte
Vejo Marques Mendes na televisão, num encontro com militantes e simpatizantes do PSD, algures no País. Engravatado, formal, inexpressivo: comparado com ele, Jerónimo de Sousa é um prodígio de carisma. Mas o pior é o discurso, é a mensagem que transmite na tentativa de desgastar o Executivo socialista. "É um Governo de um enorme power point. O problema é o power point dos resultados", diz o presidente social-democrata. Escuto e penso: quem lhe dará os tópicos destes discursos? Quem o convencerá de que esta verborreia oca, própria para colorir círculos tecnocratas, é a mais indicada para mobilizar vontades e caçar votos? Não intuirá que para a esmagadora maioria dos portugueses frases deste género não significam rigorosamente nada?
Sócrates também ouve. E se o Estado não fosse laico certamente encomendaria ao padre Melícias uma missa de acção de graças por ter uma oposição assim.
Sócrates também ouve. E se o Estado não fosse laico certamente encomendaria ao padre Melícias uma missa de acção de graças por ter uma oposição assim.