O Alcazar de Caracas
O tenente-coronel Hugo Chávez tirou de vez a máscara: passa a governar por decreto durante os próximos 18 meses, tempo suficiente para introduzir as alterações na Constituição que lhe permitam tornar-se presidente vitalício da Venezuela. De caminho, transformou a Assembleia Nacional numa caricatura de parlamento, forçando os deputados a descerem à rua para o aclamarem em públicos hossanas, consagrando aquilo a que chamam "revolução socialista".
"Heil, Hugo", destacou em manchete o vespertino venezuelano Tal Cual. Aposto que dentro de pouco tempo este jornal já não se publicará - como a generalidade do que resta da imprensa livre do país.
Qualquer semelhança entre a "democracia" venezuelana e uma ditadura não é pura coincidência. O general Alcazar, do Tintim, não faria melhor.