Estrelas de cinema (4)
AS BANDEIRAS DOS NOSSOS PAIS *****
Clint Eastwood regressa ao estilo épico, desta vez para nos lembrar o que foi a conquista da ilhota japonesa de Iwo Jima, paga a peso de sangue num período decisivo da II Guerra Mundial. A memória do grande cinema americano passa por aqui – um cinema que oferecia espectáculo mas que também se dirigia à inteligência e não apenas à emoção de cada espectador. No caso deste filme, contemporâneo do absurdo esforço bélico desenvolvido pelos americanos no Iraque, não faltam pistas de análise: a guerra, mesmo quando inevitável, é sempre uma das mais tristes páginas da história humana; nada é mais ambíguo do que um rótulo de herói; nada é mais volátil do que os amores e desamores da “opinião pública”; os guerreiros de sofá jamais falam do que sabem.
Herdeiro espiritual de John Ford, Eastwood é um cineasta conservador – na linguagem cinematográfica e também numa certa ideia de América que remonta ao tempo dos pioneiros: mais pura, mais limpa, mais livre. E ainda na forma como ama os actores, tornando-os muito mais do que peças da engrenagem industrial pós-moderna: este elenco que respira talento do primeiro ao último fotograma é um dos melhores ingredientes do filme, que justifica nota máxima. Acabado de estrear mas já um clássico.
Herdeiro espiritual de John Ford, Eastwood é um cineasta conservador – na linguagem cinematográfica e também numa certa ideia de América que remonta ao tempo dos pioneiros: mais pura, mais limpa, mais livre. E ainda na forma como ama os actores, tornando-os muito mais do que peças da engrenagem industrial pós-moderna: este elenco que respira talento do primeiro ao último fotograma é um dos melhores ingredientes do filme, que justifica nota máxima. Acabado de estrear mas já um clássico.