Pontapés na gramática
Não sei se os adeptos de Ségolène Royal na blogosfera portuguesa sabem, mas a senhora voltou a fazer das suas. Numa visita "oficial" à China (o país ideal para a nova esquerda europeia, pelos vistos), a candidata socialista nas presidenciais francesas do fim do ano inventou uma nova palavra - "bravitude" -, o que tem gerado grande discussão no seu País. Leia-se este excerto da reportagem da RFI: "Pendant trois jours, une trentaine de journalistes français suivront de près la candidate, toujours enveloppée dans un grand manteau couleur neige, très photogénique. Au fil de son parcours, elle égrènera les proverbes chinois (choisis dans un recueil qu’elle garde dans son sac) et forgera même un néologisme, la «bravitude», qui fera couler beaucoup d’encre".
A gaffe podia ser coisa pouca, não tivessem os franceses (tal como nós, lembre-se Guterres e o PIB) uma grande predilecção por políticos gaffeurs. A tirada estará até ao nível das que Jacques Chirac veio produzindo ao longo dos anos (aliás, estão compiladas em livro) e deverão estar a deixar Nicolas Sarkozy bastante preocupado, pois poderá não estar à altura da sua adversária no pontapear da gramática francesa...
P.S. (1) - Lamento ter de voltar ao assunto da indumentária da candidata (que, como se vê pela peça jornalística 'linkada', é um tema muito em voga), só que reparei nesta fotografia da senhora que acho merecedora da vossa atenção. Então não é que Ségolène se faz apresentar em cerimónias políticas ao mais alto nível de bota alta e saia curta?..
P.S. (2) - Meus caros Carlos Manuel Castro e Luís Novaes Tito sugiro que leiam a Rititi para verem mesmo o que está a dar...
E, Carlos, registo que já começou a perceber as várias incongruências da candidata e concordo consigo num ponto: ainda nos fomos rindo à conta daquela "estória" da 'toillette'.