O estado do CDS (1)
Paulo Portas prepara-se para regressar à liderança do CDS. É esta a leitura óbvia das palavras sibilinas que o antecessor de Ribeiro e Castro deixou ontem no seu programa quinzenal da SIC-Notícias, O Estado da Arte.
“Tenho sobre o CDS uma opinião formada. Mas só a comunicarei depois do referendo do aborto. Quando falar, não falarei como comentador”, disse Portas, à conversa com Clara de Sousa. Tradução: quando falar, será como recandidato à liderança. Castro que se cuide: vem aí novo congresso extraordinário, destinado a destroná-lo. Portas só queria avançar em 2008, mas pelo rumo que as coisas levam arrisca-se nessa altura a já não encontrar partido algum, o que o força a antecipar o calendário. Portistas e castristas têm-se encarregado de estilhaçar um partido que noutros tempos foi respeitado e respeitável mas que está em vésperas de ser leiloado na praça pública.
“Qualquer palavra minha dita neste momento seria certamente desestabilizadora”, observou Portas. Tradução: o que disser, talvez logo na noite de 11 de Fevereiro, vai abalar a actual liderança do Caldas. Ribeiro e Castro tem três semanas para fazer as malas. Ou melhor: para não as desfazer, já que nunca chegou a despedir-se de Bruxelas. Uma atitude de visionário.
“Qualquer palavra minha dita neste momento seria certamente desestabilizadora”, observou Portas. Tradução: o que disser, talvez logo na noite de 11 de Fevereiro, vai abalar a actual liderança do Caldas. Ribeiro e Castro tem três semanas para fazer as malas. Ou melhor: para não as desfazer, já que nunca chegou a despedir-se de Bruxelas. Uma atitude de visionário.