segunda-feira, outubro 29, 2007

Em resposta ao Adolfo, o Ernesto


A vida do Adolfo Ernesto dava um filme indiano em que todas as personagens fossem o Adolfo Ernesto. O Adolfo, o Ernesto, não tem dias sim, dias não, ou dias assim-assim. O Adolfo, o Ernesto, é bizarro. Ou, no mínimo, diferente. Mas se é para participar em correntes, alinho. Pelo-me por correntes. Quando me enviam aqueles mails a dizer que o céu me cai em cima da cabeça e todos os meus parentes morrerão de uma doença ainda sem nome, a não ser que envie logo o texto pejado de gralhas em brasileiro para 5, ou 7, ou 9 desgraçadas/os (um valor sempre numerologicamente ímpar), não sou de modas e encho a caixa de correio de 55, 77 ou 99 contactos da minha festiva listinha.
Confessado isto, aqui vai a frase que encontrei no livro mais à mão na minha periclitante estante (duas palavras que rimam de uma forma dolorosa e atroz). Intitula-se a obra: «A Revolução Portuguesa O Passado e o Futuro», de um autor cuja obra roçou o Nobel chamado Álvaro Cunhal. A página 187, linha 5 como impõe o desafio, reza assim: «As forças reaccionárias desenvolveram uma intensa actividade de conspiração, fazendo pairar na cena política a ameaça de um golpe de força».