A questão iraniana (II)
Os dirigentes iranianos sabem que, no máximo, os Estados Unidos tentarão fazer ataques aéreos limitados, não havendo verdadeiro perigo para o regime. A maior ameaça vem de Israel, no entanto um eventual ataque israelita podia atrasar a bomba atómica iraniana, mas iria sempre reforçar o regime teocrático, justificando loucuras ainda mais perigosas.
O génio está fora da garrafa. Se o Irão conseguir, nos próximos cinco anos, fabricar uma bomba atómica, a região do Médio Oriente parecerá ainda mais um barril de pólvora com gente a fumar à volta. A Arábia Saudita tentará obter uma bomba e tem dinheiro para a comprar quase feita. Israel não hesitará em usar armas nucleares se estiver em causa a sua sobrevivência e os loucos de Teerão têm uma visão apocalíptica e ultra-religiosa da História, imaginando-se detentores de valores absolutos e infinitamente superiores aos Ocidentais. Este é o cenário ideal para uma jihad.