segunda-feira, novembro 19, 2007

Cozinha de fusão

«Um caso de juízes ou um caso de médicos?», interroga o Paulo Ferreira hoje no Público em editorial. Acreditando no Paulo como sempre o fiz, leio que «o argumento que sustenta a decisão» de despedimento do cozinheiro com HIV de um hotel foi «o suor, a saliva, as lágrimas ou o sangue que podem ser derramados sobre a comida e, desta forma, transmitir o vírus a quem tenha na boca uma ferida e coma esses alimentos». Sendo alguém informado e que sobreviveu aos anos 80, estou-me é borrifando para se o cozinheiro tem HIV ou não. Muito mais relevante é ficar a saber que suor, saliva, lágrimas ou sangue podem ser «derramados» no meu prato como se o mesmo fosse um estaleiro da Lisnave ou uma ilha dos Bijagós em tempo de guerra. Que raio de controlo de qualidade nas cozinhas têm os hotéis do nosso país, hem?! No fundo, isto é um caso para a ASAE mal acabem de emborcar as ginjinhas, é o que é.

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