Eu, por exemplo, não estava lá
Como bem sabe quem me lê, não sou monárquico nem apologista do Senhor Dom Duarte. Mas, independentemente de onde quer que ele tenha estado no 25 de Abril, apetece-me dizer que isso me é indiferente.
O 25 de Abril já lá vai e houve pessoas supostamente do lado certo que admiro e outras do lado supostamente errado que também. E o contrário, como é evidente.
Claro que estremeço ao ouvir e ver Francisco Sousa Tavares em cima de um blindado de megafone na mão. Mas FST teve, até falecer, uma vida de coerência exemplar. Quanto aos outros, os que por cá andam, interessa-me é saber onde estão agora e o que fazem ou não deixam fazer pela democracia que temos.
«É uma escolha que se faz/O passado foi lá trás», como cantam os Xutos. 25 de Abril sempre? Isso foi uma palavra de ordem que os próprios que o viveram se encarregaram de desmontar. Olhemos para o futuro com os pés no presente. E saibamos reconhecer quem faz de nós, hoje, aquilo que queremos ser.
Imagem recolhida aqui, com a devida homenagem.