O factor Bill
A vitória de Barack Obama na Carolina do Sul, ainda por cima com números estrondosos (55% contra 27%), mostra que Hillary Clinton está em queda vertiginosa, apesar de surgir bem colocada nas sondagens nacionais - onde rivaliza com John McCain, o mais destacado dos republicanos. Mas o que me espanta mais não são os bons resultados de Obama (que conseguiu o apoio de Oprah e de John Kerry, o candidato democrata que teve mais votos na História dos EUA, apesar de derrotado por Bush), é o desespero que o casal Clinton tem revelado nas primárias democratas. Bill, antigo Presidente durante dois mandatos, resolveu deixar os afazeres da fundação com o seu nome e os jogos de golfe um pouco por todo o mundo para ajudar a sua mulher na candidatura. Coisa que não fez com Al Gore (que foi seu vice-presidente) nem com Kerry. É evidente que a família está acima de tudo, mas sinceramente não esperava que um antigo Presidente dos EUA se revelasse tão desesperado por vir a desempanhar o papel de "primeira dama". Eu sei que muitos (e muitas) gostavam de ver pela primeira vez uma mulher à frente dos destinos da Casa Branca. Também gostavam de ver o "macho" (ainda por cima um "traidor" e "mulherengo") remetido a um papel meramente protocolar e de retaguarda. Mas ao menos que esperassem por algo um pouco melhor. Eu aposto em Condoleezza Rice para daqui a uns anitos...