Imprensa cor-de-rosa
A crónica do Miguel Sousa Tavares no Expresso é excelente. Chama-se A Morte do Islão e começa na perfeição dos jardins do Palácio dos Reis Cristãos de Córdoba para enaltecer a civilização árabe da Península Ibérica até à queda de Granada, em 1492. Depois traça o florescimento da cultura ocidental e a idade das trevas do mundo árabe até aos nossos dias, para acabar numa interrogação sobre os objectivos do fundamentalismo islâmico. De todo o texto só retiraria a adjectivação de "barbudos" à casta teocrática, que é pueril, e o "nossas" na referência à forma igualitária como o Ocidente trata as mulheres. Não trataremos da mesma forma as mulheres "deles", se tivermos oportunidade? É uma crónica corajosa, que quase me fez esquecer a estucha que foi ler o Rio das Flores.