Democracia representativa vs dem. directa
Não deixa de ser curioso que os grandes defensores da ratificação do Tratado de Lisboa pela via parlamentar sejam os mesmíssimos senhores que foram eleitos através da democracia directa aplicada aos seus partidos. Estou a falar de José Sócrates e de Luís Filipe Menezes (de Paulo Portas não tenho ouvido falar, por onde andará?). Dentro dos partidos funciona, fora só quando "as circunstâncias" não se alteram. A democracia representativa, nem que seja só às vezes, pode dar muito jeito. Neste caso até dá, já se viu o que seria o País que foi determinante para resolver o impasse fazer um referendo, atrasando desse modo a ratificação? Não que ache que o resultado da consulta pudesse de alguma forma beliscar o interesse do Presidente da República, do primeiro-ministro e do líder do principal partido da oposição.