quarta-feira, julho 25, 2007

Às páginas tantas...

Ao contrário do que se possa pensar não sou um puritano, muito menos um moralista. Mulheres bonitas, maminhas, rabos e pernocas, quando justificadas pelo seu contexto, são graças com as quais convivo prazenteiramente, na medida possível a um comprometido marido e chefe de família.
Vem isto a (des)propósito das secções de classificados, “de RELAX” publicadas nalguns jornais chamados “de referência”. De há uns tempos para cá, estas páginas têm-se progressivamente transformado numa obscena montra da miséria humana, um profusamente ilustrado catálogo de prostituição. A diversidade de órgãos e membros femininos expostos é inúmera e a cores. A carne exposta como no talho.
Se bem me lembro, este tipo de publicidade surge ciclicamente como uma praga (lembram-se da publicidade às chamadas de valor acrescentado?) em resposta a um anónimo e vasto mercado de frustrados sexuais.
Por ora, aguarda-se que o legislador acorde um dia destes e decrete a regulação desta emergente(?) oferta publicitária. Até ver. Entretanto, é melhor preparar uma explicação de “bom gosto” para dar às minhas criancinhas, quando um dia destes, às páginas tantas, encontrarem os deprimentes anúncios ilustrados num qualquer diário generalista... de referência.

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