Dúvidas que subsistem
1. Se um aluno universitário quiser transferir-se para outro estabelecimento, pode fazê-lo sem apresentar o respectivo certificado de habilitações, como José Sócrates fez em Setembro de 2005 ao transferir-se do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa para a Universidade Independente? Só em Junho do ano seguinte, recorde-se, o actual primeiro-ministro apresentou na secretaria da Independente a prova de que tinha concluído com aproveitamento dez cadeiras no ISEL.
2. É normal um só professor leccionar quatro cadeiras em simultâneo? Vasco Pulido Valente, no Público de hoje, garante que não. António José Morais, que foi esse professor, desempenhava em simultâneo funções no Governo socialista – o mesmo em que Sócrates se integrava no ano lectivo 1995/96, como secretário de estado adjunto do Ambiente.
3. É normal que o reitor de uma universidade se substitua ao habitual regente de uma cadeira, leccionando-a à sua revelia? Terá sido o que aconteceu com Luís Arouca, que aprovou Sócrates na disciplina de Inglês Técnico, cadeira cujo titular era o professor Eurico Calado, vice-reitor da Independente.
4. Quantos dados biográficos diferentes costuma ter um chefe do Governo? Sócrates já teve várias versões no seu currículo. Duas enquanto foi deputado, nos anos 90, três outras no portal do Governo, de há um mês para cá. Lapsos alheios – foi a justificação. Que não convence muito boa gente. Sócrates persiste em não assumir culpas próprias num processo em que foi protagonista.
5. É aceitável que três semanas de silêncio público sobre uma questão relevante coincidam com inúmeras pressões privadas feitas pelo primeiro-ministro junto de jornalistas?
As dúvidas persistem. Não ficaram dissipadas com a entrevista de Sócrates à RTP.
2. É normal um só professor leccionar quatro cadeiras em simultâneo? Vasco Pulido Valente, no Público de hoje, garante que não. António José Morais, que foi esse professor, desempenhava em simultâneo funções no Governo socialista – o mesmo em que Sócrates se integrava no ano lectivo 1995/96, como secretário de estado adjunto do Ambiente.
3. É normal que o reitor de uma universidade se substitua ao habitual regente de uma cadeira, leccionando-a à sua revelia? Terá sido o que aconteceu com Luís Arouca, que aprovou Sócrates na disciplina de Inglês Técnico, cadeira cujo titular era o professor Eurico Calado, vice-reitor da Independente.
4. Quantos dados biográficos diferentes costuma ter um chefe do Governo? Sócrates já teve várias versões no seu currículo. Duas enquanto foi deputado, nos anos 90, três outras no portal do Governo, de há um mês para cá. Lapsos alheios – foi a justificação. Que não convence muito boa gente. Sócrates persiste em não assumir culpas próprias num processo em que foi protagonista.
5. É aceitável que três semanas de silêncio público sobre uma questão relevante coincidam com inúmeras pressões privadas feitas pelo primeiro-ministro junto de jornalistas?
As dúvidas persistem. Não ficaram dissipadas com a entrevista de Sócrates à RTP.