domingo, abril 29, 2007

Conversão à liberdade

A propósito da leitura do livro dos Actos dos Apóstolos em baixo: o cristão convertido é existencialmente insatisfeito, tem sede de uma verdade maior. Não é feliz por ter, antes por ser. É feliz numa paz interior, de quem é profundamente livre da alienação, porque sabe ao que vem, e a quem serve. Porque aprende a amar. Porque aprende a confiar, porque aprende a entregar-se.
O cristão convertido assume o compromisso de viver em Cristo. Na prossecução da felicidade, no cumprimento desse amor, e porque não é egoísta, procura espalhar a preciosa Palavra redentora. Com humildade aos acomodados e distraídos. Com valentia, não temendo os poderosos do mundo, apregoa a Boa Nova bem alto aos novos fariseus "os de maior categoria". Despreza a sua mundana glória fácil, sendo piedoso e complacente com as modernas “Senhoras devotas”. Porque o cristão convertido acredita no livre arbítrio de toda a criatura de Deus. Acredita que enquanto existir desejo de verdade, enquanto houver um excluído do opulento banquete dos homens, aí encontrará terra fértil para a palavra de Deus. Aí se encontrará Cristo vivo, a felicidade verdadeira e a esperança na ressurreição. Mesmo que ainda tenha de voltar à clandestinidade das catacumbas, e ser humilhado no circo da soberba e da arrogância.
Eu, católico confesso, tenho esperança numa profunda conversão.

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