Ainda a tempestade
Só para acrescentar uma explicação ao meu post (que já não sei onde está) sobre o silêncio de Sócrates e depois de ouvir diversas pessoas que não concordaram com a minha análise: Vamos supor que ele falava logo a seguir à notícia do Público. Depois da notícia do Expresso, deveria falar outra vez? E no dia seguinte, quando o Público trouxe mais dados que não batiam certo? Falaria de novo? E depois, quando outro jornal qualquer exibisse mais uma disparidade? Voltava a explicar-se? Ou o que queriam era que, logo na primeira comunicação, ele viesse esclarecer tudo mesmo tudo, incluindo questões que ninguém levantara até aí e factos que ele próprio ignorava?
O Primeiro-Ministro concentrou todas as explicações num momento apenas e evitou desgastar-se em sucessivas aparições, as quais só o fragilizariam muito mais e o colocariam a seguir o ritmo da Comunicação Social. É isso que os jornalistas querem sempre, e é legítimo que o queiram. Mas a estratégia seguida pelos assessores foi excelente, por mais que alguém diga o contrário. (Quanto a outros assuntos relacionados que não puramente com a estratégia comunicacional, entendo que não devo pronunciar-me).
Etiquetas: Comunicação, José Sócrates