Olá ó vida malvada
Comecei o ano sem ler jornais, ver televisão ou ouvir rádio. E sem consultar blogues, mesmo os mais estimáveis. Regressado a casa, tirei o som ao discurso do Presidente da República no esforço de manter-me acordado e refugiei-me na pacatez do quarto com um bom livro, logo que começou o programa dos Gatos Fedorentos. Hoje, regresso à espuma dos dias como quem mergulha na realidade saltando da prancha de dez metros com um grande «chapão». E para animar-me, e a vós também dilectos leitores, aqui fica um poema de Charlotte Bronte (sem trema porque não sei como fazê-lo neste teclado):
Life, believe, is not a dream
So dark as sages say;
Oft a little morning rain
Foretells a pleasant day.
Sometimes there are clouds of gloom,
But these are transient all;
If the shower will make the roses bloom,
O why lament its fall ?
Rapidly, merrily,
Life's sunny hours flit by,
Gratefully, cheerily,
Enjoy them as they fly !
What though Death at times steps in
And calls our Best away ?
What though sorrow seems to win,
O'er hope, a heavy sway ?
Yet hope again elastic springs,
Unconquered, though she fell;
Still buoyant are her golden wings,
Still strong to bear us well.
Manfully, fearlessly,
The day of trial bear,
For gloriously, victoriously,
Can courage quell despair !