Uma cidade em ruínas
Ontem, na rua onde trabalho, um enorme aparato rodeava o prédio logo abaixo, com bombeiros, protecção civil, televisão, repórteres e mirones. É apenas mais um prédio do início do século XX a cair de podre. Um caso entre centenas de outros em Lisboa, fruto da paralisia do mercado de arrendamento e especulação imobiliária.
Nalgumas cidades europeias, as autoridades preocupam-se com os imprevisíveis ataques terroristas. Já os lisboetas, cercados por autênticos “castelos de cartas” em betão, rogam secretamente à clemência dos elementos para que não despertem um dia para uma verdadeira tragédia.
Prédios em ruína deprimem-me. São sinais explícitos de morte numa Lisboa cada vez mais deserta e decadente. Uma enorme dor de alma.
Nalgumas cidades europeias, as autoridades preocupam-se com os imprevisíveis ataques terroristas. Já os lisboetas, cercados por autênticos “castelos de cartas” em betão, rogam secretamente à clemência dos elementos para que não despertem um dia para uma verdadeira tragédia.
Prédios em ruína deprimem-me. São sinais explícitos de morte numa Lisboa cada vez mais deserta e decadente. Uma enorme dor de alma.