Isabel da Hungria
Ou da Turíngia (1207-1231). Hoje celebra-se a sua memória, que eu venero. Filha do rei da Hungria, viveu no tempo das guerras do Império e do Papado, das cruzadas e das seitas. Mas também no tempo de Francisco de Assis, Clara de Assis, António de Lisboa. O eco dos "irmãos pobres" chegou-lhe aos ouvidos ainda muito nova, à corte da Turíngia, no Wartburg. Aí foi dada em casamento ao landgrave Ludwig, de quem teve três filhos. Com o apoio incondicional do seu marido, a quem amou e que morreu de peste a caminho de uma cruzada, dedicou-se totalmente aos pobres, vagabundos e leprosos. Depois da morte de Ludwig foi expulsa pelos seus cunhados, com os filhos. Seria acolhida por sua tia Matilda, prioresa de um mosteiro cisterciense. Conta um seu biógrafo, Reinhold Schneider, que Isabel viu em todos os pobres "a acusação do amor maltratado" e o seu ser "nunca hesitou em dar resposta, repondo com mais amor aquele que faltava". "Poucos terão visto tão desvendado o sofrimento como esta princesa húngara", refere Schneider. Ingressou na Ordem Terceira de São Francisco depois de vender tudo o que tinha e de construir um hospital para estropiados. É dela o primeiro milagre das rosas. O segundo é de outra Isabel, sua sobrinha-neta e rainha de Portugal. As duas são santas.