Confiança traída
“Quanto às SCUT, deverão permanecer como vias sem portagem enquanto se mantiverem as condições que justificaram, em nome da coesão nacional e territorial, a sua implementação, quer no que se refere aos indicadores de desenvolvimento sócio-económico das regiões em causa, quer no que diz respeito às alternativas de oferta no sistema rodoviário.”
O texto transcrito no parágrafo acima - como se infere pelo estilo - não é meu. É um excerto do programa do actual Governo, apresentado a 21 de Março de 2005 à Assembleia da República. Dezanove meses depois, confortado com a maioria absoluta entretanto conquistada no Parlamento, o Executivo socialista viola uma das mais emblemáticas promessas feitas aos eleitores que nele confiaram.
Pode agora José Sócrates alegar o que quiser: não falta já por aí quem chame traição a isto. Com todas as letras. E quanto a coerência ficamos esclarecidos...