O jogo das nossas vidas
O encontro de amanhã entre Portugal e França, meias-finais do campeonato do mundo de futebol, será muito provavelmente o jogo de toda uma geração. A nossa geração. Tal como o célebre Portugal-Coreia de Eusébio e companhia o foi para muita gente. Estás nos pés (e, espera-se, na cabeça) do grupo que Scolari escolheu ganhar à França de Zidane e carimbar o passaporte para a final de Berlim, como agora se diz em futebolês corrente.
À França de Zidane tem de opor-se o Portugal de Figo. O camisola sete tem feito jogos notáveis, em esforço, técnica e influência no jogo, mas este será provavelmente o mais importante da sua carreira. Do outro lado está um maestro autêntico, um homem que, sem sequer correr muito, põe toda uma equipa a mexer e resolve quase sempre ele os resultados. Com assistências magistrais ou pelo seu próprio pé, como fez contra a Espanha. Figo consegue fazer o mesmo. Tem-no feito neste campeonato, precisa de fazer amanhã. Já com um meio campo com Deco e Costinha (veremos se é ele quem vai marcar Zizou), Figo vai ficar mais à vontade. Para jogar, fazer jogar e realizar mais uma ou duas daquelas assistências fantásticas. Força Figo, dê-lhe forte.