sábado, junho 17, 2006

O ópio do povo (20)

Análise dos jogadores portugueses, um por um, no jogo contra o Irão:
Ricardo - Fez uma grande defesa na segunda parte. De resto, não teve muito trabalho. E voltou a mostrar-se seguro, sem comprometer a equipa.
Miguel - Um dos melhores jogadores em campo. Está em excelente forma. Defendeu muito bem e atacou ainda melhor, ganhando sistematicamente os confrontos com os opositores.
Ricardo Carvalho - Continua a ser o patrão da defesa, indispensável durante os 90 minutos. Um dos melhores centrais da Europa.
Fernando Meira - Esteve mais solto e confiante do que no jogo contra Angola. Melhor entrosado com Ricardo Carvalho. Mas na segunda parte teve uma falha defensiva que podia ter dado golo ao Irão.
Nuno Valente - Discreto, mas sem nunca comprometer a equipa. Foi mais tímido a subir no terreno do que Miguel.
Costinha - Em grande forma. A sua inclusão como "trinco" no onze inicial - ao contrário do que aconteceu contra Angola - permitiu soltar os defesa laterais, sobretudo Miguel, que jogou em apoio contínuo do ataque. Um elemento fundamental nesta selecção.
Maniche - Muito esforçado. Fez vários remates à baliza na primeira parte. Mas faltou-lhe pontaria e discernimento. Foi bem substituído por Petit.
Figo - Decisivo no momento exacto. Fez mais um passe certeiro para golo, bem aproveitado por Deco. Está em excelente forma física. Desta vez jogou na posição correcta, actuando solto, alternadamente, em cada uma das alas, o que só favorece o seu futebol criativo.
Cristiano Ronaldo - Implacavelmente marcado pelos adversários, corrigiu os erros cometidos contra Angola. Entrou em campo com fome de golo. E o sonho concretizou-se ao marcar muito bem um penálti.
Deco - O melhor do nosso onze. Marcou um dos melhores golos deste Mundial, a passe de Figo. Ainda não está a cem por cento em termos físicos, mas fez toda a diferença relativamente ao jogo contra Angola, em que ficou no banco. Indispensável na selecção.
Pauleta - Desta vez não fez o gosto ao pé. Andou demasiado longe das linhas de passe e das jogadas decisivas. Falhou escandalosamente um golo à beira do fim.
Petit - Substituiu Maniche para dar mais solidez ao meio-campo. Discreto, não deu nas vistas. Mas cumpriu.
Tiago - É excelente nas equipas onde tem jogado mas continua em subrendimento na selecção. Entrou para o lugar do exausto Deco, sem vantagem visível para Portugal.
Simão Sabrosa - Substituiu Figo. Não chegou a estar em jogo tempo suficiente para mostrar o que vale.