Canções brasileiras: as dez mais
O Duarte mencionou aqui há dias um disco desse génio da música universal que foi Antonio Carlos Jobim - autor de partituras tão fabulosas como as de Cole Porter ou Irving Berlin. E adiantou que Lígia, de Jobim, é talvez a canção brasileira de que mais gosta. Acontece que é também um dos meus temas favoritos de todos os tempos. Tenho-o em várias gravações, incluindo num disco de Stan Getz - o inesquecível The Lyrical Stan Getz.
Muita gente não sabe que existem duas versões de Lígia. A original, de Jobim, e uma outra, a que prefiro, com versos acrescentados por Chico Buarque, acentuando ainda mais a magoada ironia das palavras.
Mas se tivesse de eleger a "minha" canção favorita, entre as brasileiras, a escolha recaía no Samba da Bênção (Baden Powell/Vinicius de Moraes). É um tema que me tem acompanhado anos fora, nas mais diversas circunstâncias. Uma espécie de banda sonora da minha vida.
Além destas duas, deixo aqui as restantes oito canções que formam o "dez mais" dos meus gostos em música brasileira. Vão por ordem alfabética, pois é-me praticamente impossível ordená-las de outra forma:
- Chega de Saudade (Jobim/Vinicius), na voz inconfundível de João Gilberto
- Eu Te Amo (Jobim/Chico Buarque)
- João e Maria (Chico Buarque)
- Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá)
- Pela Luz dos Olhos Teus (Vinicius)
- Romaria (Renato Teixeira), interpretada por Elis Regina
- Valsinha (Vinicius-Chico Buarque)
- Vambora (Adriana Calcanhotto)