O nosso Sporting
Espero que o jogo de hoje com o Marítimo corra mesmo muito bem ao meu Sporting. É que não tenho gostado nada, mesmo nada, do que tenho lido e ouvido sobre o meu clube de sempre. Já não bastava a equipa estar a jogar mal, agora temos um treinador que quer fazer uma espécie de caça às bruxas, queixando-se de que há "bufos" no plantel e/ou no clube. Confesso que não me agrada este tipo de linguagem de Paulo Bento, mais próprio de clubes do Norte ou de clubes dos antigos arrabaldes de Lisboa. No Sporting que conheço (e que julgo ainda existir) este tipo de coisas não se dizem. Pode-se até pensar que algo não está certo, mas nunca se dizem coisas destas publicamente.
A isto junta-se um outro episódio deveras desagradável. A questão da homenagem a Iordanov, com quem o clube se terá comprometido a realizar um jogo comemorativo quando o jogador acabasse a carreira. Acontece que o tribunal deu razão ao jogador e o Sporting vai dar-se ao trabalho de recorrer da decisão. Mas o que é isto? Será esta uma questão que deva mobilizar um clube com a grandeza do Sporting? Andar numa luta com um antigo jogador que ainda por cima, goste-se ou não, foi capitão da equipa e depois até adoeceu e ultrapassou da melhor maneira que pôde as suas maleitas? Para quê? Os actuais dirigentes e intendentes deviam era preocupar-se com o presente (sombrio) e preparar o futuro, para reduzir o gap em relação a um clube do Norte. E não se moverem em causas que envolvem alegados "bufos" ou perseguirem o "mochilas" (como chamava simpaticamente um amigo meu ao Iordanov).