Personalidade nacional de 2007
Votámos e ele ganhou. Com maioria. Temos a fama de criticar o Governo e o seu Primeiro-Ministro (e o proveito também, diga-se de passagem), mas é impossível e não seria honesto contornar o incontornável: José Sócrates foi a personalidade nacional de 2007. Não por ter sido a mais parodiada pelos Gato Fedorento (embora isso tenha ajudado) mas por tudo o resto que sabemos.
Ele começou 2007 com um momento crítico para a sua imagem pessoal e acabou-o com uma presidência da UE que cumpriu integralmente os difíceis objectivos que lhe tinham sido traçados. Em suma, passou em apenas um ano de político forçado a justificar as suas habilitações ao povo a estadista que abraça familiarmente os outros Chefes de Estado e é entrevistado pela imprensa internacional.
Em paralelo, insistiu em percorrer o País apesar de muitas vezes vaiado, anunciando projectos e obras. Viu o PSD mudar de líder, sem que até agora essa mudança lhe tenha causado alguma mossa na popularidade. Adiou os dossiers que podiam chamuscá-lo e multiplicou-se em aparições televisivas sempre que isso lhe foi favorável. Como escreveu Rui Ramos, «Sócrates chega ao fim do ano sem oposição». Isso não é mérito seu? Também será. Porque é ele quem pragmática e politicamente ocupa um espaço que retira aos outros a sua margem de manobra. E é também ele quem mina e armadilha o território dessa oposição, muitas vezes entretida com tiroteios internos.
Por tudo isto e mais que me tenha esquecido de incluir, o Corta-Fitas deu-lhe o seu voto. Mas foi só este, hem? Nada de confusões.
Ele começou 2007 com um momento crítico para a sua imagem pessoal e acabou-o com uma presidência da UE que cumpriu integralmente os difíceis objectivos que lhe tinham sido traçados. Em suma, passou em apenas um ano de político forçado a justificar as suas habilitações ao povo a estadista que abraça familiarmente os outros Chefes de Estado e é entrevistado pela imprensa internacional.
Em paralelo, insistiu em percorrer o País apesar de muitas vezes vaiado, anunciando projectos e obras. Viu o PSD mudar de líder, sem que até agora essa mudança lhe tenha causado alguma mossa na popularidade. Adiou os dossiers que podiam chamuscá-lo e multiplicou-se em aparições televisivas sempre que isso lhe foi favorável. Como escreveu Rui Ramos, «Sócrates chega ao fim do ano sem oposição». Isso não é mérito seu? Também será. Porque é ele quem pragmática e politicamente ocupa um espaço que retira aos outros a sua margem de manobra. E é também ele quem mina e armadilha o território dessa oposição, muitas vezes entretida com tiroteios internos.
Por tudo isto e mais que me tenha esquecido de incluir, o Corta-Fitas deu-lhe o seu voto. Mas foi só este, hem? Nada de confusões.
Etiquetas: O melhor de 2007