Contra a Turquia na União Europeia
A Turquia ameaça resolver o conflito com os curdos recorrendo a incursões militares no vizinho Iraque. Os generais turcos sabem que contrariam a Carta das Nações Unidas, mas insistem numa operação militar, a pretexto dos mais recentes actos terroristas, para porem fim ao “perigo” curdo – agora até legitimados pelo parlamento de Ancara. Paralelamente, a Turquia mantém um protectorado na metade norte da ilha de Chipre – Estado soberano – fazendo orelhas moucas aos apelos que lhe chegam de todos os quadrantes, em flagrante violação do direito internacional. Pior que tudo isto é a permanente tutela do generalato turco sobre as instituições políticas – um facto sem paralelo na Europa comunitária.
Perante este quadro, espanto-me com a proliferação dos defensores da adesão da Turquia à União Europeia. Pensava eu que, mais do que uma comunidade económica, a UE seria hoje uma comunidade política que partilha os valores do direito, da justiça, da democracia e da liberdade. Valores que Ancara não respeita nem defende. Pelo menos em Chipre e no Curdistão.
São motivos de sobra para me opor à integração turca na UE. E não me falem em questões religiosas: tudo isto é política. Apenas política.
Perante este quadro, espanto-me com a proliferação dos defensores da adesão da Turquia à União Europeia. Pensava eu que, mais do que uma comunidade económica, a UE seria hoje uma comunidade política que partilha os valores do direito, da justiça, da democracia e da liberdade. Valores que Ancara não respeita nem defende. Pelo menos em Chipre e no Curdistão.
São motivos de sobra para me opor à integração turca na UE. E não me falem em questões religiosas: tudo isto é política. Apenas política.
Etiquetas: Europa