segunda-feira, setembro 10, 2007

O pulo dos Lobos


Este post do Pedro Marques Lopes não tem ponta por onde se lhe pegue. Tenho-o na conta de pessoa estimável porque, para mim, todos e todas no 31 da Armada são estimáveis, mesmo sendo mais do que as senhoras suas progenitoras e só conheça pessoalmente 3 ou 4 (ainda por cima todos homens, arre!).
Como PML, também tenho por natureza um coração empedernido quando se trata de «declarações grandiloquentes sobre a pátria» ou de «umas lagrimitas durante o hino», resultado em simultâneo de uma família de militares e de ter sido rejeitado pela tropa. Mas a presença da nossa selecção - amadora - no Mundial de Rugby, sendo obviamente um pequeno passo de bebé para o PML, é um passo de adulto bem encorpado na direcção certa, na longa marcha que ainda falta percorrer para a semi-profissionalização da modalidade no futuro.
A lógica é esta: Hoje perdemos mas estivémos lá. Amanhã estamos lá outra vez e perdemos por menos. Depois de amanhã voltamos a estar e ganhamos. Deliro? Extravaso a minha culpa por ter recusado ingressar nas fileiras do Dramático do Cascais há anos sem fim? Quiçá (Embora compense com nunca ter fracturado uma parte do corpinho).
Mas, se agora os Lobos levarem inevitáveis «cabazadas» (e digo «se» porque o resultado com a Escócia esteve longe de o ser), estou certo de que mesmo assim a sua presença no Mundial vai - obrigatoriamente - provocar várias consequências: Atrair mais praticantes; Fazer com que os patrocinadores olhem de outra forma para a modalidade; Criar uma maior solidez no treino de todas as equipas. E tudo isto é bom, nada disto é fado.

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