E se ele volta?
A manchete do Expresso de hoje é um indicativo forte de que a oposição europeia a José Manuel Barroso, vulgo Durão Barroso, não irá ficar quieta perante uma "pérola" política como a descoberta de um eventual financiamento ilícito do PSD nos anos em que o actual presidente da Comissão Europeia liderava o PSD. A esquerda socialista europeia, o segundo maior agrupamento político-partidário do Parlamento Europeu, prepara-se obviamente para tentar impedir uma reeleição de Durão à frente da CE e uma rotatividade com o Partido Popular Europeu de apenas um mandato. Se assim for, Durão estará de volta a Portugal antes do previsto. Lá para 2009. Curioso "timing", não? É mais uma carta para baralhar o cenário do PSD pós-Mendes. Só que Durão, ao contrário de outros, tem o seu exército pronto para o que der e vier. Seja o regresso ao PSD ou uma candidatura a Belém, em 2011, no caso de Aníbal Cavaco Silva querer apenas fazer cinco anos como Presidente da República. Neste caso, terá que travar-se de razões com Marcelo Rebelo de Sousa, outro potencial interessado na sucessão a Cavaco Silva.