quinta-feira, julho 12, 2007

Clubite à beira da piscina

A minha conversa de hoje ao almoço, à beira da piscina, enquanto olhava para o mar, arrepiou-me. Mesmo com os trinta e tal graus que se faziam sentir. Tentava explicar a uma amiga, que é de Coimbra, que ser da Académica é muito respeitoso, mas que essa conversa do seu "segundo clube" ser o Benfica é que não se compreeendia. Dizia-me que a simpatia pelo tal "segundo clube" surgiu por causa do marido (ou ex-marido) e eu, em vão, tentei explicar-lhe que não faço ideia do que possa ser essa coisa do "segundo clube", porque pura e simplesmente nunca tive nenhum. Sou do Sporting Clube de Portugal desde que me conheço. Em miúdo desenhava os carros do costume, umas pessoas com braços e pernas compridas, umas casas com chaminé, árvores e... jogadores com camisolas listadas de verde e branco. Sou assim e, ao contrário do que diz a música, não sou doente. Mas não me entra na cabeça aquela lenga-lenga sobre os "segundos clubes", em especial quando os ditos vão à final da Taça de Portugal ou coisa do género.
Expliquei à minha amiga que quem é do Sporting, pelo menos isso acontece comigo, não consegue ter "segundo clube". Acho que se pode ser do Benfica e do Belenenses (tive uma namorada que era, bem como a família toda, tudo boa gente) até porque os clubes eram só um antes da cisão de há cem anos. Pode-se ser do Porto e do Salgueiros, do Paços de Ferreira, do Leixões ou do Freamunde. Quem é da Académica é também do Porto ou do Benfica. Mas não se pode ser do Sporting e do Olivais e Moscavide, do Estoril (eu sei que o nosso actual presidente já liderou o Estoril Praia, mas há sempre uma excepção à regra), do Sassoeiros ou do Atlético. Assim como ninguém que é do Sporting tem o Belenenses como "segundo clube". Do Sporting ou se é ou não se é. Ponto final.