segunda-feira, julho 23, 2007

'Bora lá fazer bebés


Francamente não entendo esta proposta de suposto «incentivo» à maternidade, em troca de uns patacos. Os quais, diga-se, nem para um pacote dos grandes de fraldas Dodot chegam. É obvio qual o único caminho a seguir, isto se queremos realmente contrariar a quebra avassaladora da taxa de natalidade: Instaurar, e já, a poligamia.
Dir-me-ão que tal solução só satisfaria os ricos e seria financeiramente incomportável para a classe média, sem falar dos ainda menos abonados. Errado. O sistema que proponho passaria por uma obrigatoriedade, imposta pelo Estado, de cada empresa subsidiar (através de uma percentagem correspondente à sua verba publicitária) a Associação de Famílias Numerosas. A diferença seria que, em lugar de promover essa instituição obsoleta que é a família monogâmica, a associação passaria a ser a entidade gestora das comparticipações aos pais e mães mais produtivos e com menores rendimentos. Por exemplo, através da comparticipação em todos os gastos relacionados com as crianças e o pagamento integral das pensões de divórcio às ex-mulheres, coisa que naturalmente já preocupa um homem quanto mais se multiplicar a esposa por (vá lá) aí umas sete.
De acordo com as minhas contas, Portugal poderia chegar ao final do século no mínimo com uma população equivalente à de Espanha, desde que o novo sistema não fosse apenas extensivo a esposas de nacionalidade portuguesa. No que diz respeito aos homens, a questão nem se coloca. Só os nossos genes poderão assegurar a ligação histórica com o nosso glorioso passado, a qualidade da reprodução e as linhagens futuras. Aguardo uma resposta por parte dos decisores (e decisoras, pois está claro) a esta minha proposta, certo como estou de que a mesma só poderá recolher opiniões favoráveis e respostas céleres por parte das entidades competentes.

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