Maravilhas de relance
O que penso dos quatro monumentos que já visitei agora eleitos entre as sete Maravilhas do Mundo? Segue a opinião.
Coliseu de Roma. Conheci-o numa visita juvenil à capital italiana, em 1978. Escusado será dizer como achei emocionante estar num local que já conhecia de filmes e das mais diversas referências históricas – ainda por cima estando tão bem preservado. Mas reitero as minhas objecções de carácter ético a esta escolha: as históricas pedras do Coliseu foram testemunhas de abomináveis crimes.
Grande Muralha. Lá estive, num minúsculo troço da muralha, 60 quilómetros a norte de Pequim, na minha primeira visita à capital chinesa, em 1991. Recordo a profusão de vendedores ambulantes da zona, a multidão que ali se aglomerava, o vento frio que se fazia sentir e sobretudo a grande inclinação da muralha, que força a escaladas íngremes, verdadeiramente inesperadas. É um prodígio de engenharia ao serviço do mais absurdo dos desígnios: manter inviolável o Império do Meio perante o suposto assalto de hordas “bárbaras”.
Taj Mahal. Sem dúvida o meu eleito deste conjunto de “maravilhas”. Desde logo por ser símbolo do amor – e não da guerra. E na verdade este singular mausoléu é de uma beleza esmagadora. Mal o avistamos ainda à distância, na cidade indiana de Agra, logo nos sentimos fascinados. Visitei-o em 1994: de então para cá não voltou a sair-me da memória.
Cristo Redentor. É o único monumento “contemporâneo” deste lote: foi inaugurado em 1931. É também - entre as Sete Maravilhas - a única referência à tradição cristã, tão fértil em obras-primas da cultura. Em 2006, quando estive no Rio de Janeiro, não descansei enquanto não embarquei no “bondinho” que me deixou no Corcovado. A estátua, em si, é praticamente irrelevante perante o cenário a seus pés que torna o Rio talvez a cidade mais deslumbrante do planeta. Só isso poderá justificar a escolha.
Coliseu de Roma. Conheci-o numa visita juvenil à capital italiana, em 1978. Escusado será dizer como achei emocionante estar num local que já conhecia de filmes e das mais diversas referências históricas – ainda por cima estando tão bem preservado. Mas reitero as minhas objecções de carácter ético a esta escolha: as históricas pedras do Coliseu foram testemunhas de abomináveis crimes.
Grande Muralha. Lá estive, num minúsculo troço da muralha, 60 quilómetros a norte de Pequim, na minha primeira visita à capital chinesa, em 1991. Recordo a profusão de vendedores ambulantes da zona, a multidão que ali se aglomerava, o vento frio que se fazia sentir e sobretudo a grande inclinação da muralha, que força a escaladas íngremes, verdadeiramente inesperadas. É um prodígio de engenharia ao serviço do mais absurdo dos desígnios: manter inviolável o Império do Meio perante o suposto assalto de hordas “bárbaras”.
Taj Mahal. Sem dúvida o meu eleito deste conjunto de “maravilhas”. Desde logo por ser símbolo do amor – e não da guerra. E na verdade este singular mausoléu é de uma beleza esmagadora. Mal o avistamos ainda à distância, na cidade indiana de Agra, logo nos sentimos fascinados. Visitei-o em 1994: de então para cá não voltou a sair-me da memória.
Cristo Redentor. É o único monumento “contemporâneo” deste lote: foi inaugurado em 1931. É também - entre as Sete Maravilhas - a única referência à tradição cristã, tão fértil em obras-primas da cultura. Em 2006, quando estive no Rio de Janeiro, não descansei enquanto não embarquei no “bondinho” que me deixou no Corcovado. A estátua, em si, é praticamente irrelevante perante o cenário a seus pés que torna o Rio talvez a cidade mais deslumbrante do planeta. Só isso poderá justificar a escolha.