Telmo, o escudeiro de Portas
A escolha de Telmo Correia para liderar a lista do CDS/PP à Câmara de Lisboa nas intercalares de 15 de Julho poderá vir a revelar-se desastrosa. Para o próprio e, sobretudo, para Paulo Portas, versão renascida. Telmo tomou uma má opção ao aceitar avançar para a capital, porque tinha sido eleito líder parlamentar do partido com uma votação unanimista quinze dias antes. Aparecer como a terceira opção, depois de Bagão Félix ou Luís Nobre Guedes terem declinado a aventura, não se afigura prometedor para um deputado que lidera supostamente a sua bancada na Assembleia da República. Mais, por melhor que possa ser o seu resultado, nunca chegará aos pés daquele que Maria José Nogueira Pinto atingiu em 2005. Com que cara irá voltar à AR o deputado (e líder) Telmo depois de não ser eleito?
Paulo Portas perde ainda mais. Após o desaire das eleições regionais na Madeira, onde permitiu o impensável (a eleição do primeiro deputado regional do PND), Portas arrisca-se a mais uma má notícia, que seria a não eleição de Telmo Correia, a quem chamou simplesmente de um "bom orador" e um "lisboeta de gema" quando o apresentou como candidato. Naquele partido de um homem só, ninguém contraria o "grande chefe", ninguém o desafia ou sequer lhe diz que "não". Aceita e engole em seco, enquanto Portas vai usando, abusando de todas as qualidades que possam ter, para depois deitar fora, como fez com grande parte dos dirigentes e/ou conselheiros que com ele trabalharam desde 1998.
Telmo, voluntarioso e bem intencionado, devia ter resistido a avançar para Lisboa. Mas acabou por confirmar o que Portas dele dizia há uns anos (quando ainda era "monteirista", antes de se passar para o lado "portista"): "Telmo? É nome de escudeiro". O CDS precisava mais do que um escudeiro em Lisboa, talvez precisasse de um autêntico Condestável...
Paulo Portas perde ainda mais. Após o desaire das eleições regionais na Madeira, onde permitiu o impensável (a eleição do primeiro deputado regional do PND), Portas arrisca-se a mais uma má notícia, que seria a não eleição de Telmo Correia, a quem chamou simplesmente de um "bom orador" e um "lisboeta de gema" quando o apresentou como candidato. Naquele partido de um homem só, ninguém contraria o "grande chefe", ninguém o desafia ou sequer lhe diz que "não". Aceita e engole em seco, enquanto Portas vai usando, abusando de todas as qualidades que possam ter, para depois deitar fora, como fez com grande parte dos dirigentes e/ou conselheiros que com ele trabalharam desde 1998.
Telmo, voluntarioso e bem intencionado, devia ter resistido a avançar para Lisboa. Mas acabou por confirmar o que Portas dele dizia há uns anos (quando ainda era "monteirista", antes de se passar para o lado "portista"): "Telmo? É nome de escudeiro". O CDS precisava mais do que um escudeiro em Lisboa, talvez precisasse de um autêntico Condestável...