sábado, junho 09, 2007

Quem vai à guerra...

Nunca as minhas relações, mais ou menos circunstanciais, dependeram das diferentes simpatias clubísticas, crenças, ideologias e outras sensibilidades. Por exemplo, entendo que ser ateu, em abstracto, é uma crença tão válida e respeitável quanto a minha. Dos meus amigos de sempre, raros foram os que coincidiram no todo ou em parte com as minhas causas. Aliás, sabe quem me conhece, como os acidentes da minha vida me cruzaram com mais extremos e “alternativos” caracteres humanos. Ser democrata, ser tolerante ou solidário, mais do que valores ou causas, são atitudes postas à prova na relação concreta. Admito que são metas mesmo difíceis, sempre precariamente viáveis, através da aprendizagem da maturidade e do auto-conhecimento. Tolerância e solidariedade valem muito pouco como causas ou propaganda. São atitudes que se treinam com a escola da vida, na experiência da relação, com atitudes e comportamentos. No dia-a-dia, pela vida fora. Tudo o mais são BA-LE-LAS.
De resto, quem ocupa os palanques dos partidos, as páginas dos blogues ou dos jornais (com que direito?!) a insultar a inteligência dos seus semelhantes, numa atitude arrogante, provocadora e inquisitória, deve, no mínimo, saber encaixar desportivamente umas valentes traulitadas verbais.

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