O recuo e o desnorte
A ida de Mário Lino ao colóquio da Assembleia da República demonstrou um óbvio recuo. Em vez de ir anunciar o acelerar do projecto da Ota, que estava previsto para o fim do ano e que agora passava para Outubro, Lino foi ao Parlamento sugerir que o LNEC estude aquela localização e uma alternativa, previsivelmente a de Alcochete. É evidente que o Governo começou a patinar na matéria, claramente marcado pelas iniciativas e pelas dúvidas do Presidente da República, que não só pediu um debate aprofundado, como hoje mesmo recebeu em audiência Francisco Van Zeller, mentor de um estudo crítico sobre a Ota e defensor da solução de Alcochete. Cavaco Silva, com muita discrição, tem recebido especialistas, consultado estudos e decidiu conceder uma audiência ao presidente da CIP no mesmo dia em que decorria o colóquio na AR.
Curioso neste assunto é que Marques Mendes, que já aparece a aplaudir o primeiro sinal menos do Governo em relação à Ota, deu mais um tiro ao lado. É que o presidente do PSD, por mais que diga agora que sempre pôs todas as hipóteses em aberto, inclinou-se decisivamente para a opção Poceirão, que todos deixaram cair. Mendes pode dizer agora que não deixou de falar em Alcochete ou Faias, mas a verdade é que só se deslocou ao Poceirão. É o que dá querer ter razão antes de tempo.
Curioso neste assunto é que Marques Mendes, que já aparece a aplaudir o primeiro sinal menos do Governo em relação à Ota, deu mais um tiro ao lado. É que o presidente do PSD, por mais que diga agora que sempre pôs todas as hipóteses em aberto, inclinou-se decisivamente para a opção Poceirão, que todos deixaram cair. Mendes pode dizer agora que não deixou de falar em Alcochete ou Faias, mas a verdade é que só se deslocou ao Poceirão. É o que dá querer ter razão antes de tempo.