terça-feira, junho 26, 2007

Até que enfim


Desejo sinceramente um grande sucesso a João Cepeda e a João Miguel Tavares, os responsáveis por a partir de Setembro Lisboa ter, finalmente, uma edição da Time Out. Como afirma Cepeda hoje no Público, a Time Out Lisboa «já podia ter nascido há mais tempo». Pois podia. E houve várias pessoas tentadas a fazê-lo. Assim de repente, lembro-me de uma conversa que tive sobre o assunto com Paulo Ferreira, antes de ele lançar as suas revistas Blue.
A ideia da dupla - que reconhecem como ambiciosa - é a de fazer uma edição semanal. Mas não é no maior esforço editorial de fecho que está o risco e, isso sim, no perfil comercial do projecto. O modelo da Time Out vive muito dos pequenos anúncios: Concertos, bares, galerias, restaurantes...Um tipo de publicidade que em Portugal tem tabelas publicitárias muito baixas e uma elevada percentagem de incobráveis. Ou seja, a malta entrega os anúncios mas depois não os paga. Por isso, entre nós o êxito da revista dependerá de uma lógica de marketing associada a publicidade de qualidade, promoções e grandes campanhas, que salvaguarde as receitas e assente em comerciais experientes com conhecimento do público e do mercado a que se dirigem. Dito isto (assim de forma algo paternalista) parabéns aos Joões. Lisboa só tem a ganhar.

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