Alguém me explica?
Leio a excelente biografia literária de Alexandre O'Neill. A páginas tantas a autora, Maria Antónia Oliveira, refere o hábito que em dada fase da sua vida o poeta tinha de ir jogar bilhar ao "inenarrável" Café Cubana. A classificação era do próprio. "Inenarrável"? Imaginei logo um daqueles retiros encardidos e infectos que ainda se descortinam um pouco por toda a Lisboa. E interroguei-me: "Por que será que os homens - certamente não todos, mas ainda assim, muitos - se sentem tão bem a frequentar espeluncas?