Tão perto e tão longe
Os ciclos em política estão a ficar cada vez mais curtos. Recuemos dois anos – apenas dois anos. Como andava então a política portuguesa? Ribeiro e Castro iniciava uma liderança no CDS que se adivinhava fulgurante, Marques Mendes prometia regenerar o PSD com o seu novo mandato como presidente social-democrata, na Câmara de Lisboa Carmona Rodrigues não parecia ter rival à altura, José Sócrates gozava de uma popularidade sem mácula no cargo de primeiro-ministro e Jorge Sampaio ia fazendo as despedidas em Belém entre vaticínios seguros de que o novo titular da suprema magistratura viria da ala esquerda do regime.
Dois anos. Tão perto e já tão longe.