Mudar de vida
Ontem de passagem pela rua D. Pedro V, no meio de alguma agitação entre os transeuntes, notei uma anormal quantidade veículos multados e “bloqueados” pela EMEL. Ao contrário do João Gonçalves, confesso que tenho altas expectativas quanto à definitiva implementação da ordem no parqueamento automóvel em Lisboa. Por mim, nunca me conformei com a anarquia e o caos reinante no estacionamento. Considero aliás este fenómeno uma praga terceiro-mundista, a qual como outras, nos habituámos a conviver naturalmente sem questionar. Até quase acreditarmos que esta manhosa relação com as regras seja uma inevitabilidade inscrita nos nossos genéticos traços latinos. Eu sou português, considero-me tolerante, bem latino e emocional, mas não sou parvo. Não aceito esbarrar diariamente com um automóvel estacionado bem no centro passeio da rua Barata Salgueiro, onde eu trabalho. Não me parece justo, depararmo-nos com o trânsito nessa mesma via todo empancado, por causa duma amélia, que em plena hora de ponta estaciona a viatura em segunda fila para tomar um cafezinho na pastelaria junto aos semáforos. Ou quando algum manuel estaciona em segunda fila ao fundo da Alvares Cabral para ir ao Multibanco… Ou ainda quando se estaciona caótica e impunemente em redor dos centros comerciais, casas de espectáculos e estádios de futebol por mera rebeldia ou para poupar uns cêntimos. Isto não se deve à falta de transportes públicos ou parques de estacionamento é mesmo falta de regra, falta de educação.
Finalmente, e dadas as actuais circunstâncias da CML esta “mudança” parece-me reflectir coragem, merece o meu aplauso e espero que se torne norma. Por mim, eu aprovo este “ataque às liberdades individuais” de alguns "chicos-espertos"ou "portugueses pequeninos", que não enxergam onde acabam os seus direitos e começam os dos outros.
Finalmente, e dadas as actuais circunstâncias da CML esta “mudança” parece-me reflectir coragem, merece o meu aplauso e espero que se torne norma. Por mim, eu aprovo este “ataque às liberdades individuais” de alguns "chicos-espertos"ou "portugueses pequeninos", que não enxergam onde acabam os seus direitos e começam os dos outros.