Criadas, criadas sim!
Inexplicavelmente, o meu post sobre conversas de criadas descambou para o 25 de Abril por causa da expressão em causa. Esta mania de que a designação «criadas» é pejorativa assenta na falta de chá em pequenino de pessoas cuja educação não teve – o que não é culpa delas – o enquadramento necessário para entenderem que, longe de ser insultuosa ou pedante, a palavra é a que melhor designa o que sucedia com essas pessoas. E o que sucedia é muito simples: Elas criavam e eram criadas num lar de família e a família crescia em conjunto com elas. Chamavam-nos meninos, não importando a idade que tínhamos. E nós tínhamos por elas uma relação de amor, respeito e carinho que o termo em causa apenas estreitava. O fim da palavra «criadas» foi uma conquista de Abril? Querem que lhes chame assistentes de limpeza? Não me chateiem e se, não comem a sopa, ainda vos levo à Intersindical.