O "vídeo amador" de Ségolène
Ségolène Royal, a candidata socialista nas presidenciais francesas do fim deste ano, está outra vez nas bocas do mundo. Desta vez porque resolveu difundir na Internet um vídeo supostamente "amador" com a sua mensagem de Ano Novo aos franceses. Ou seja, como não é ainda Presidente da República (nem será, espera-se), como não é primeira-ministra ou ministra de alguma coisa, porque o PSF está na oposição, os seus spindoctors tiveram a brilhante ideia de usar uma espécie de You Tube - o Daily Motion - para difundir um discurso meio familiar/meio institucional. Nesse discurso, a candidata socialista revela como prioridades a família, a educação, a economia e a Europa. Coisa que qualquer candidato poderia fazer.
Mas o surpreendente terá sido, dizem os analistas franceses, o "tom". Intimista, a usar termos da nova vaga das tecnologias e a revelar que fará parte da campanha via net. O pior foi com certeza a continuação do discurso anti-poder, que pode até dar resultados a curto prazo (ou a médio), mas que a longo prazo lhe irá custar ou o segundo mandato ou a recondução como candidata do PSF nas presidenciais seguintes. "Se a França vai mal, não é pela falta de recursos, mas sim porque eles são desperdiçados pelos seus governantes" - Esta conversa, que dá corpo à ideia de criar uma espécie de tribunais populares para vigiar os políticos, é claramente demagógica e populista. E o populismo paga-se caro na política. O melhor é mesmo a senhora ir continuando com vacuidades como garantir "um exercício simples, directo e autêntico do poder". Onde é que já ouvi frases decalcadas desta?..
Mas o surpreendente terá sido, dizem os analistas franceses, o "tom". Intimista, a usar termos da nova vaga das tecnologias e a revelar que fará parte da campanha via net. O pior foi com certeza a continuação do discurso anti-poder, que pode até dar resultados a curto prazo (ou a médio), mas que a longo prazo lhe irá custar ou o segundo mandato ou a recondução como candidata do PSF nas presidenciais seguintes. "Se a França vai mal, não é pela falta de recursos, mas sim porque eles são desperdiçados pelos seus governantes" - Esta conversa, que dá corpo à ideia de criar uma espécie de tribunais populares para vigiar os políticos, é claramente demagógica e populista. E o populismo paga-se caro na política. O melhor é mesmo a senhora ir continuando com vacuidades como garantir "um exercício simples, directo e autêntico do poder". Onde é que já ouvi frases decalcadas desta?..