sábado, dezembro 02, 2006

O amigo Público

Com um pequeno-almoço de apresentação às agências de publicidade do seu projecto de remodelação na passada quinta-feira, o Público iniciou a contagem decrescente para a mudança. Só a Pública permanecerá: A Dia D e a Xis terminam e o Mil Folhas e o Y fundem-se, mantendo - como já aqui antecipara - o modelo deste último. Ignoro o destino do Fugas mas não me espantaria que também ele se extinguisse passando algumas das rubricas para a revista (embora aqui, confesso, esteja a especular).
Esta opção do jornal vai para o investimento nas hard news e no enquadramento dessas notícias, em detrimento dos cadernos complementares. Um projecto gráfico «limpinho» e de excelente qualidade para quem o viu sustentará a aposta que se pretende fazer na «cacha», na reportagem, no artigo de fundo, na entrevista e na crónica ( e também nas imagens). O caderno de Economia passa a ter data de saída à sexta, concorrendo directamente com o Semanário Económico mas também com o os diários económicos que nesse dia são reforçados com suplementos de lazer. Perde-se a actualidade que tinha a segunda-feira para cobrir as notícias pós-fecho de Bolsa, mas aposta-se na maior vontade dos leitores de partirem para o fim de semana com mais informação. O Inimigo Público sairá também à sexta, abandonando o território do fim de semana para onde se tinha mudado.
Espero, como espero para todos os jornais, que as decisões e mudanças aumentem os seus leitores e ampliem a sua audiência. Lamento, como lamento sempre que isto acontece em qualquer jornal, os jornalistas e colaboradores que perderão o seu lugar extintas as publicações para as quais trabalhavam. A todos eles, um abraço e os desejos de sucesso, nesta nova fase das suas vidas.