O sole mio (2)
Nem todos têm a sorte do Vítor Rainho, subdirector do Sol. Conta ele no artigo de fundo da última Tabu que há 15 anos, "quando dava os primeiros passos na escrita", um acaso da reportagem de que o incumbiram conduziu-o às "afamadas casas da zona da Duque de Loulé". A esta distância, já não se recorda bem "se foi no Elefante Branco ou noutro do género". Seria por aí...
Talvez tenha vindo dessa época o gosto que Rainho conserva de escrever sobre a noite de Lisboa. Relata ele na rubrica "O Sol da Meia-Noite" que "só quem tenha estado completamente isolado e num lugar sem ligação ao mundo exterior é que não terá percebido que na última semana choveu impiedosamente em quase todo o país". Apesar disso, ele e outros lá se atiraram "para o meio do temporal" com o objectivo de assistirem ao lançamento de mais um livro do director do jornal. Mas felizmente não há mal que sempre dure: "Quando a apresentação do livro acabou, alguém, não me recordo se fui eu, sugeriu ir beber um copo."
E lá foram, embora não ao Elefante Branco. Nem a chuvada mais intensa perturba a redacção do Sol.