A questão turca
Concordo com esta opinião de Miguel Vale de Almeida: a posição do Vaticano em relação à Turquia é a mais correcta e terá certamente um poderoso impacto na opinião pública europeia.
A visita do Papa à Turquia está a motivar numerosos comentários na Imprensa, TV e blogosfera e li textos onde se dá importância (a meu ver excessiva) às actuais dificuldades da negociação entre europeus e turcos.
Desde o momento em que se decidiu avançar com as negociações, no ano passado, que estas negociações estão a decorrer. Os progressos são lentos e há vicissitudes. Mas não se pode falar de recuos, pois o processo de negociação prossegue. A ameaça de suspensão por causa da questão de Chipre faz parte desse processo e já aqui escrevi sobre o assunto sublinhando que os europeus também estão a quebrar uma promessa. Mas a decisão de suspender o processo ainda não foi tomada, apesar da ameaça. E, se isso acontecer, as negociações ainda podem recomeçar, quando a questão de Chipre desaparecer do horizonte.
Foi neste contexto que surgiu a nova opinião do Vaticano, favorável à adesão da Turquia, e que inverte uma posição com dois anos. O Vaticano não é membro formal da UE (o território faz parte da UE e tem mesmo moedas de euro, embora sem poderes ou participação nas decisões).
Mas a visão do Papa Bento XVI vai facilitar o processo de adesão da Turquia, através da influência. Por exemplo, Áustria e França, dois dos países com opinião pública menos favorável à entrada dos turcos, são ambos católicos.
A prazo, a posição do Vaticano ajudará a mudar a percepção que os europeus têm da Turquia. A adesão desta nunca acontecerá antes de 2015, portanto, haverá muito tempo para mudar a sociedade turca e para acabar com a crise interna da UE.
A visita do Papa à Turquia está a motivar numerosos comentários na Imprensa, TV e blogosfera e li textos onde se dá importância (a meu ver excessiva) às actuais dificuldades da negociação entre europeus e turcos.
Desde o momento em que se decidiu avançar com as negociações, no ano passado, que estas negociações estão a decorrer. Os progressos são lentos e há vicissitudes. Mas não se pode falar de recuos, pois o processo de negociação prossegue. A ameaça de suspensão por causa da questão de Chipre faz parte desse processo e já aqui escrevi sobre o assunto sublinhando que os europeus também estão a quebrar uma promessa. Mas a decisão de suspender o processo ainda não foi tomada, apesar da ameaça. E, se isso acontecer, as negociações ainda podem recomeçar, quando a questão de Chipre desaparecer do horizonte.
Foi neste contexto que surgiu a nova opinião do Vaticano, favorável à adesão da Turquia, e que inverte uma posição com dois anos. O Vaticano não é membro formal da UE (o território faz parte da UE e tem mesmo moedas de euro, embora sem poderes ou participação nas decisões).
Mas a visão do Papa Bento XVI vai facilitar o processo de adesão da Turquia, através da influência. Por exemplo, Áustria e França, dois dos países com opinião pública menos favorável à entrada dos turcos, são ambos católicos.
A prazo, a posição do Vaticano ajudará a mudar a percepção que os europeus têm da Turquia. A adesão desta nunca acontecerá antes de 2015, portanto, haverá muito tempo para mudar a sociedade turca e para acabar com a crise interna da UE.
Etiquetas: Europa, Internacional