Auto-entrevista não autorizada
Cansado de esperar pelo convite do Luís Carmelo aqui fica, não solicitada mas muito «proactiva» como agora soe dizer-se, a minha entrevista ao miniscente.
O que é que lhe diz a palavra “blogosfera”?
Nada. Normalmente sou que a digo. Tenho uma tendência para proferir palavras e não para as ouvir, mas admito que possa dever-se a mais um dos meus muitos problemas de infância.
Qual foi o acontecimento (nacional ou internacional) que mais intensamente seguiu apenas através de blogues?
Sem dúvida o Darfur. Espere, voz amiga está aqui a dizer-me que ainda ninguém falou do Darfur…hmmm…então não me lembra.
Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Destruíram-na. Só não me queixo porque passei a viver a vida pessoal de outras figuras, muito mais interessantes do que eu. Mas estou a tentar melhorar. Já me esforço por ouvir duas em cada dez frases proferidas pela minha mulher, enquanto navego nas águas pejadas de perigosos recifes da blogocoisa.
Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Claro que sim. Mesmo na imprensa, ou no audiovisual, os editores sempre foram livres de cortar ou acrescentar o que lhes desse na veneta.