terça-feira, novembro 14, 2006

Cinco estrelas

Demorei dois dias a ler uma revista semanal, pelas melhores razões. A última edição da Pública merece um elogio. Ou melhor, vários: Ao editor de fotografia David Clifford e aos designers Ana, Hugo e Jorge. Ao Paulo Moura, que sempre considerei dos jornalistas que temos que melhor sabem escrever. Ao Rui Cardoso Martins pelas suas excelentes crónicas nos tribunais e, claro, aos editores. Aqui ficam excertos retirados de diferentes artigos:
«Uma das fontes de sobrevivência das mulheres hoje em dia, é não encontrarem homens superiores (...) O aumento do poder feminino fez com que seja difícil a elas encontrarem um homem que lhes seja superior, que as dirija. A maior parte das mulheres diz que não encontra um verdadeiro homem». Francesco Alberoni entrevistado por Paulo Moura.
«Antes de ir para a Valentim, Marco Paulo era um cantor chamado João Paulo Simão, "à procura da sorte num restaurante do Pancão, em Almada" (...) Mais tarde, Simão ia actuar no mesmo dia do conjunto João Paulo e, "para não haver dois Joões Paulos a Simone de Oliveira aconselhou Simão a adoptar uma versão de Marco Polo, um filme que estava em cartaz». Perfil do fotógrafo Apolo por João Bonifácio.
«Toda a gente fala da vossa maneira de tratar as pessoas. Eu faria um esforço para fazer pedagogia disso na escola. O vosso grande activo é a forma diferente de tratar os outros. É a primeira coisa que um espanhol diz, quando regressa: Que gente!». Entrevista a Ramon Font por Adelino Gomes.
«Para os directores de programas, mais não somos do que carne a ser vendida, por cabeça, às agências de publicidade. Entidades reguladoras? Códigos deontológicos, Cumprimentos de leis? Não brinquem comigo!». Maria Filomena Mónica.
E ainda o lixo de Schwarzie com os seus Havanos e os objectos privados de Mário Cláudio incluindo o boneco do cão Farrusco, com que brincava desde os 3 anos. Um mimo!