domingo, outubro 08, 2006

Mais livros da minha vida

É uma questão recorrente: quais os livros da minha vida? Há uma semana anotei aqui alguns. Seguem outros agora, tão variados quanto as oscilações do meu próprio gosto. Como anotava o João Gonçalves no seu Portugal dos Pequeninos, é sempre difícil, senão mesmo impossível, mencionar apenas um título – ou dez ou vinte. Tudo depende dos caprichos dos instantes, do jogo fortuito das circunstâncias, da própria idade em que travamos conhecimento com determinada obra ou determinado autor.
Entre os livros de ficção que mais me marcaram inclui-se sem dúvida Debaixo do Vulcão (de Malcolm Lowry), talvez o mais dolorosamente belo romance de todos os tempos. E O Processo, de Kafka. E também Os Nus e os Mortos (Norman Mailer). E mais estes: O Pão da Mentira (Horace McCoy), Por Favor, Não Matem a Cotovia (Harper Lee), Alegria Breve (Vergílio Ferreira), O Delfim (José Cardoso Pires), A Honra Perdida de Katharina Blum (Heinrich Boll), A Oeste Nada de Novo (Erich Maria Remarque), A Barreira (Frank Herbert), O Ente Querido (Evelyn Waugh), Vinte Mil Léguas Submarinas (Júlio Verne), O Coleccionador (John Fowles), Crónica de uma Morte Anunciada (Gabriel García Márquez), Angústia Para o Jantar (Luís Sttau Monteiro), Ivanhoe (Walter Scott), O Inverno do Nosso Descontentamento (John Steinbeck), O Homem Invisível (H. G. Wells), David Copperfield (Charles Dickens), Laura (Vera Caspary), O Retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde), Um Espião Perfeito (John LeCarré), A Estrada do Tabaco (Erskine Caldwell), O Resto É Silêncio (Érico Veríssimo) e Mau Tempo no Canal (Vitorino Nemésio). Obras tão diferentes e afinal de valor tão desigual. São assim os labirintos da leitura...