Nem mais um soldado para as colónias
Em 1974, o facto de os nossos soldados estarem destacados para três teatros de guerra - Angola, Moçambique e Guiné - onde residiam pelo menos cerca de 900 mil portugueses fez cair um regime. Agora, que temos militares no Afeganistão, na Bósnia, no Burundi, no Congo, no Iraque, no Kosovo, no Sudão e em Timor-Leste, percebo bem que o PCP e o Bloco de Esquerda, até por uma questão de coerência histórica que outros não perfilham, tenham rompido o chamado "consenso nacional" (juro que ia escrever "união nacional"), opondo-se ao envio de tropa portuguesa também para o Líbano, a coberto de uma (mais uma) resolução da ONU. Três décadas depois, o brado "Nem mais um soldado para as colónias" ganha uma nova expressão. Como eu os compreendo...