Impressões musicais (5)
Foi em meados dos anos 50 com o advento da indústria discográfica, e com o apoio da telefonia, que se democratizou o consumo da música. Desde então que falamos da música Pop (de popular). Neste “fenómeno” eu incluo toda uma variada gama de “rótulos”, que vão da simples "Cançoneta" à Música de Intervenção passando pelo Rock ao Folk (lore) até ao Fado, ao Jazz, etc.
Serve esta introdução para dizer que não possuo qualquer complexo ou sentimento de culpa por gostar de pequenas grandes criações do género. Inegavelmente reconheço grandes compositores especialistas no género - os pequenos temas musicais de 3 ou 4 minutos, com simplicíssimas e geniais melodias. Se nos despirmos de “snobeiras” ou preconceitos, admitiremos que gente tão diferente como Lennon e Mc Cartney, Jacques Brel ou Elton John, José Cid ou Sérgio Godinho, Caetano Veloso ou Chico Buarque, Paul Simon ou Paul Anka, deixarão para a posteridade intemporais pérolas musicais e às vezes poéticas; Canções como Eleonor Rigby, Quand on n’a que l’ amour, Your Song, 20 Anos, Balada de Rita, Leãozinho, Olhos nos olhos, Song for the Asking, ou My Way, ainda me comovem e não só marcam uma época como acredito que serão recuperadas no futuro, por intérpretes vindouros.
E, caro João Villalobos, quanta sofisticada música, aborrecida e empoeirada, jaz na minha discoteca, obras que a seu tempo se pretenderam revelações de “arte maior”, liberta e moderníssima? Alguém n’algum dia pegará nessa tralha?
PS: Os exemplos de canções e autores foram uma escolha (convicta) do momento.
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