Fico chateado...
...pois claro que fico chateado. Pago 2,5€ por um «Ponto Final» no O Independente e descubro que fui saneado da lista de jornalistas do jornal. Como o caderno cultural que editei (a convite do Pedro Boucherie Mendes) também foi purgado das páginas sobre os suplementos, imagino que não gostem mesmo de mim na casa. Mas, até aí, ainda vá.
O pior é que não estou sózinho na ausência. O meu grande amigo Paulo Nogueira, agora no Expresso e cujo humor impagável animou o «Ran Tan Plan» e uma deliciosa coluna no Caderno 3 (para além de inúmeros perfis, crónicas e críticas), também nunca existiu.
Mas o que me chateou mesmo foi o texto de Inês Serra Lopes sobre a história do jornal, que termina em jeito de política demitida com um «saio de consciência tranquila» dispensável.
ISL consegue escrever as banalidades que todos os outros já tinham escrito nesta última semana. Não há uma história, há uma cronologia politicamente correcta que culpa a crise da publicidade, por um final que se deve a muito mais do que isso.
É pena que essas páginas não tenham sido dadas ao Pedro Marta Santos, o único dos primeiros que se manteve até ao fim, com carta branca para escrever o que quisesse. Teria sido muito mais «Indy» e muito mais verdadeiro.
Adenda: Já agora, também se esqueceram do João Pedro George.